IMPACTO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS NA AVALIAÇÃO DE CRÉDITO.

Por: Félix Inácio via facebook.

A banca quando solicita estudo de viabilidade económica e financeira para avaliação de um projeto de investimento sempre solicita o balanço e demonstração dos resultados previsionais, nem sempre os economistas que elaboram os respectivos estudos de viabilidade económica e financeira conseguem descobrir o fim último das demonstrações financeiras previsionais. O foco principal dos economistas é sempre os indicadores como, período de recuperação de investimento, taxa interna de rendibilidade, e Valor Acrescentado Líquido.

Para a banca as demonstrações financeiras previsionais, tem uma utilidade marginal, pois nele reside a capacidade de mensurar a saúde financeira do respectivo projecto, pois garantem segurança no retorno do reembolso do financiamento ou crédito a ser concedido no âmbito do projecto considerando a idoneidade da empresa requerente do mesmo.

Vou apenas citar alguns indicadores chaves, cuja importância permite minimizar riscos.

Por via das demonstrações financeiras previsionais, podemos extrair o indicador de liquidez seca, permite realizar um teste de stress sobre as vendas, ou seja, retiramos as mercadorias em stock, e visualizamos a capacidade da empresa em gerar dinheiro para garantir o cumprimento de curto prazo, se este indicador for abaixo de 1 então a empresa não tem segurança financeira, não tem consistência qualquer à choques externos e estará vulnerável.

Outro indicador importante, é o de Solvabilidade, também permite fazer análise de stress para ver a capacidade dos recursos próprios em pagar as suas obrigações caso não haja venda. Este indicador se for acima de 0,5 significa que a empresa tem solidez financeira.

Podemos ainda analisar o índice de cobertura permite identificar a capacidade da empresa em produzir por intermédio das suas vendas recursos financeiros suficiente para cobrir as despesas com financiamento.

Podemos ainda ver o indicador de endividamento e o de autonomia financeira. O indicador de endividamento mensura o grau de dependência da empresa a capitais alheios para garantir a sua operacionalização, o seu oposto é o indicador de autonomia financeira, demonstra a capacidade dos recursos próprios em garantir a sua autonomia em relação aos credores, ambos funcionam de modo sincronizado.

O percentual de indicador de endividamento, o seu oposto representa a autonomia financeira.

Existem vários indicadores baseado na análise previsional das demonstrações financeiras, estes têm grande relevância.

Portanto, economistas e contabilistas precisam analisar prudentemente as demonstrações financeiras previsionais antes de as submeter à banca para os devidos ajustes que se recomenda, sob pena de verem os projectos reiteradamente rejeitados.

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